sexta-feira, outubro 10, 2008

BEIJÓS TEM LUGAR NOS ROTEIROS TURÍSTICOS

CARREGAL DO SAL > VILA SEDE DE CONCELHO












"Carregal do Sal >>>
É com um impressionante testemunho da cultura megalítica que podemos iniciar uma fascinante viagem por terras de Carregal do Sal. Em Fiais da Telha, a Anta da Lapa da Orca tem admiravelmente intactos nove esteios que dão forma a uma câmara poligonal com mais de três metros de altura. O corredor de acesso mantém-se intacto e o silêncio é o sinal maior desta admirável viagem a um mundo passado. Séculos depois chegaram os Romanos e dessa época existem ainda vestígios na Cova da Moira e em Cabanas de Viriato. E é na era cristã que termina esta viagem. Em Cova da Moira e em Cabanas de Viriato é admirável perceber como em pedra se faziam monumentos funerários: são sepulturas antropomórficas datadas dos Séculos VII / VIII d. C. Estes são apenas alguns dos inúmeros monumentos que podemos visitar nos três circuitos existentes.
Mas o nome Carregal terá derivado de um gramínea chamada Cárrega, abundante por estas terras a que se juntou a palavra Sal, uma vez que existiam, num local chamado Salinas, armazéns de Sal. Os armazéns desapareceram mas ficou a memória de actividades de outros tempos. Outros tempos foram aqueles em que El Rei D. Dinis concedeu foral a Oliveira do Conde, terra de fidalguia onde, ainda hoje, se pode admirar o porte de antigas casas senhoriais, ligadas à história do nobiliário Português. Mas, histórias que o tempo não apagou, existem também em Cabanas de Viriato, terra de Arístides de Sousa Mendes, Cônsul de Portugal em Bordéus que, durante a II Grande Guerra Mundial, concedeu visto a milhares de Judeus, que assim fugiram ao Holocausto Nazi. E depois o Carnaval de Cabanas de Viriato, o mais expressivo e autêntico Carnaval da Beira.
Enchem-se de cores as ruas e espera-se pelo dia do Entrudo para ver a "Dança Grande" ou "Dança dos Cus". E há Bailes. E há um Rei. E há uma Rainha. E é mesmo uma Festa. Depois, com água na boca, porque o Carregal do Sal é terra de bem comer, deve-se provar a broa de milho, as morcelas de sangue, os chouriços e as farinheiras. O cabrito assado, a chanfana e esse delicioso queijo da Serra da Estrela, feito artesanalmente. Tudo isto acompanhado pela excelência dos Vinhos do Dão pois aqui estamos em plena zona demarcada."




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BEIJÓS


Ainda que não conste da descrição que a RTC faz, na promoção do Turismo de Carregal do Sal, Beijós faz parte desse roteiro turístico, porquanto, temos consciência de que também está incluído nesses passeios, aliás, a Câmara Municipal deste concelho, nas promoções turisticas, sempre faz referência ao património existente nesta Aldeia.

>>>> No entanto, além do espólio de artigos expostos no Museu Municipal "Manuel Soares de Albergaria", em Carregal do Sal, recolhidos na área desta freguesia, no seu espaço, Beijós também possui património histórico de grande relevo, que nos parece merecer aqui algum destaque.

>>>>>>Vejamos "os túmulos rupestres" cavados nas rochas no "sítio arqueológico de chãs" :
























Tudo isto, património do concelho, se encontra no espaço da freguesia de Beijós, pelo que é de inteira justiça também a ele fazer alusão, como já vem sendo referido, designadamente pelo Nosso Querido Amigo, Hermínio da Cunha Marques, na sua obra "CARREGAL DO SAL NO CORAÇÃO DA BEIRA", a p. 90, 91, 92 e 93, que passamos a citar:

*********************************************(p.93)

" ... Em toda a zona do Milreu, em Beijós, se encontraram achados arqueológicos abundantes, desde túmulos, pedra trabalhada e cerâmica (tégulas, tijolos e ânforas), e nas Riachas, terreno próximo, foi posta a descoberto, uma lagareta, com uma pedra trabalhada que seria para esmagamento de uvas ou outros géneros, denotando, em todo aquele local, a existência, outrora, de uma povoação romana, já com a sua organização e arte apurada, mas há muito desaparecida.

Beijós tem uma bela e espaçosa Igreja, devotada a São João Baptista, todavia, simples, com dois altares laterais de alguma riqueza artística.



Na Rua principal e estrada que atravessa a povoação, encontra-se à sua beira uma Capela antiquíssima,

de extraordinário interesse artístico, mormente da sua frontaria, hoje sem utilização e em deplorável estado de conservação, pertença de um particular, que foi devotada à Senhora das Areias, e que, segundo nos foi informado, no local, por um venerável ancião, teria sido construída e pertença dos Cortes-Reais, célebres navegadores portugueses dos finais do século XV.

À volta do templo, velhos edifícios, de traça antiga, com pedras de granito sabiamente esculpidas, ali se vendo também o já falado arco romano sobre o passadiço,

outrora caminho único e, portanto, obrigatório na travessia da povoação, a caminho do Rio Dão e na senda de Viseu,

vendo-se as pedras limadas e corroídas pelos rodados dos carros e diligências de tracção animal, talvez, ao longo de séculos de permanente servidão.






Em Beijós tivemos, ainda, a oportunidade de constatar a existência de vários fontanários,
tendo a assinalar o desaparecimento de uma antiga fonte de chafurdo, com escadaria em pedra,
conservando-se ainda a frontaria em granito, artisticamente lavrada. ...."
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Além do que já ficou referido, aqui poderemos observar uma outra fonte de chafurdo, que data de 1903, segundo inscrição na sua frontaria, edificada pela Junta de Freguesia. Encerrada desde 1982, altura em que foi feito o saneamento básico da Aldeia. Durante muitos anos, foi o local privilegiado para abastecer de água potável as respectivas populações. Esta fonte situa-se mesmo no centro da Povoação, junto da Ponte sobre a ribeira.
Além dos monumentos que apresentámos, Beijós ainda possui uma cadeia de moinhos hidráulicos, propriedade privada, alguns dos quais a funcionar, que muito têm contribuido para o enriquecimento dos conhecimentos dos alunos das Escolas do concelho, nas suas visitas de estudos que os respectivos estabelecimentos de ensino têm promovido.
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Convém realçar: - A Igreja da Paróquia de São João Baptista de Beijós é uma das mais Belas e espaçosas do concelho.

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