sexta-feira, novembro 21, 2008

DE BEIJÓS A OEIRAS - Na senda da História de Portugal

Dia 15 de Novembro de 2008, o sol já começava a esconder-se, ao fim da tarde, reflectindo somente nos telhados de alguns prédios de Oeiras. Esta vila maravilhosa com muitas e valiosas referências históricas, servia de miradouro, para contemplar o largo Tejo, onde navegava um lindíssimo barco branco, em direcção ao alto mar.
Cenários que se nos depararam no fim de tarde.
Quantas vezes, desta Terra que foi sua, Sebastião José de Carvalho e Melo, Conde de Oeiras e, mais tarde, Marquês de Pombal terá observado esta bela paisagem, olhando o Rio?
Vejamos o que nos conta a história de Portugal:-
IV - Dinastia > de Bragança
25.º Rei de Portugal > 5º. da IV - Dinastia
" (...)
(1750 - 1776)
Marquês de Pombal
A D. João V sucedeu seu filho D. José I (1750-1776), que nomeou para seu primeiro ministro, a quem deu todos os poderes, Sebastião José de Carvalho e Melo, depois Conde de Oeiras, e, mais tarde, Marquês de Pombal.
Terremoto de 1755
No dia 1.º de Novembro de 1755, houve em Lisboa um violento tremor de terra, que destruiu grande parte da cidade e causou, em pouco mais de 6 minutos, 12.000 vítimas, aproximadamente, entre mortos e feridos.
Foi a partir deste momento que Sebastião de Carvalho começou a evidenciar a sua actividade e os seus predicados de estadista, pondo em execução rápida as medidas que entendeu mais aconselháveis para acudir à triste situação dos sobreviventes. Depois, mandou reconstruir a parte da cidade demolida pelo terremoto, sob um plano novo, da autoria do arquitecto Eugénio Santos.
Atentado contra D. José
Saindo o rei a passear de noite, em carruagem, foram contra ele disparados dois tiros de bacamarte que o feriram levemente num braço (1758).
O Marquês e Pombal, que vinha exercendo o supremo poder com dureza e despotismo, principalmente contra a nobreza, aproveitou aquele ensejo para culpar do atentado alguns dos fidalgos que mais sombra lhe faziam. Ao fim de poucos meses, e pelas razões expostas, eram barbaramente executados, em Belém, o Marquês e a Marquesa de Távora, e seus filhos Luis e José, o Conde de Atouguia, o Duque de Aveiro e mais quatro indivíduos da classe popular (1759).
Expulsão dos Jesuitas
Subjogada a nobreza, Sebastião José de Carvalho pensou então em livrar-se da Companhia de Jesus, de quem era declarado inimigo.
Aproveitando-se, pois, novamente, do atentado contra o rei, acusou os jesuitas de instigadores da conspiração, o que nunca pôde provar, e expulsou -os de Portugal, confiscando-lhes todos os haveres.
Reformas do Marquês de Pombal
O Marquês exerceu uma acção preponderante em todos os variados sectores da actividade nacional. São as seguintes as principais reformas do seu tempo:
Instrução - Fundou o Colégio dos Nobres e a Aula do Comércio; reformou-se a Universidade de Coimbra, criando-se as faculdades de Filosofia e de Matemática; instituiu-se a Imprensa Nacional de Lisboa; e criaram-se escolas primárias.
Agricultura, Comércio e Indústria - Desenvolveu-se a cultura dos cereais; criou-se a Companhia dos Vinhos do Alto Douro; abriram-se muitas estradas; fundou-se a Companhia do Grão-Pará e Maranhão; protegeram-se as indústrias das lãs, sedas, vidros, papel, etc., tendo sido construidas fábricas no Fundão, em Portalegre e na Covilhã.
Exército e Marinha - Reorganizou-se o exército, tendo vindo para tal efeito a Portugal o distinto oficial alemão Conde de Lipe; fortificaram-se algumas praças de guerra; e aumentou-se a frota guerreira e mercante com novas unidades, etc., etc.
Guerra com a Espanha e França
Em 1750 estalara a guerra dos sete anos entre a França e a Inglaterra. Aquela nação, invocando o chamado Pacto de Família, desejava o nosso concurso contra o poder naval da Grã-Bretanha. Portugal recusou-se com o fundamento de ser aliado da Inglaterra. Por tal motivo, tropas francesas e esoanholas invadem a província de Trás-os-Montes (1762).
Mas o exército português, organizado pelo Conde de Lipe e sob o seu comando, conseguiu expulsar do território nacional as tropas invasoras, até que, no ano seguinte, se assinou a paz pelo tratado de Paris.
Observação - Pacto de Família era um tratado estabelecido entre os monarcas da Europa, descendentes da família dos Bourbons, pelo qual todos se haviam de ligar na luta contra a Inglaterra.
Escravatua na Metrópole
No reinado de D. José I foi abolida a escravatura na Metrópole, e os Índios do Brasil foram tornados livres; também findou a distinção entre cristãos-novos e cristãos-velhos.
Estátua equestre
D. José I faleceu no dia 24 de Fevereiro de 1777. Ainda em sua vida foi levantada, no Terreiro do Paço, a sua estátua equestre, da autoria do célebre escultor português Joaquim Machado de Castro.
Demissão do Marquês
A D. José sucedeu sua filha D. Maria I (1776). Logo após a a morte do rei, o Marquês de Pombal pediu a demissão de ministro e de outros lugares, o que a rainha deferiu. Contra ele foi depois instaurado um processo, que veio a terminar pela sua condenação. Mas a rainha perdoou-lhe parte dos castigos, limitando-se a determinar que se ausentasse para local distante da corte vinte léguas. O Marquês partiu então para Pombal, onde viveu os últimos anos da sua vida. (...)"

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