Estando em Beijós, vamos sempre fazendo as nossas pesquisas do desconhecido.
Pela Páscoa de 2009, fomos descobrir as ruínas de um moinho, mesmo na margem direita do Ribeiro da Praçaria, a Sul do Pariço, na encosta Norte da Póvoa de Santo António.
Então, perante a surpresa, como sempre fazemos, colhemos as imagens, na esperança de aprofundar a história daquelas ruinas.
Agora, pelo São João/2009, conseguimos obter alguns relatos de pessoas que, muito embora desconheçam em concreto a história daquele moinho, comentaram-nos a existência de moinhos idênticos, nos quais cheram a trabalhar a puxar as mós manualmente, sitos nos Salgados, no Rio Dão, próximo das Aldeias de Furadoiro e Corujeiro, do concelho de Tondela.
Estamos conscientes de que a verdadeira história ainda a não sabemos.
Há alguns pormenores que, não os tendo vivido, serão difíceis de descrever.
Contudo, temos todo o interesse em divulgar algumas coisas que apurámos e as conclusões a que, mesmo por analogia, chegámos.
Vejamos:
» Proprietário
> Fernanda M.ª M.S. Amaral (neta do Saudoso Amigo José Pais do Santos);
» Local
> Ainda que os proprietários designem a propriedade por "Pisqueiro", é certo que se insere na encosta Sul do Pariço, limite da freguesia de Beijós, concelho de Carregal do Sal;
» Moinho
> Misto >> Hidráulico e Manual;
» Mó
> Em pedra com cerca de 70/100mm de espessura, com um diâmetro de cerca de 800mm;
> Além do normal furo central com cerca de 100/150mm, possui um outro pequeno furo, superficial, somente uma cavidade, com cerca de 20mm, na parte superior, entre o furo central, vulgo "olho" e a aresta circular exterior do corpo da mó.
> Neste furo era colocado um pau (cambão), com uma espessura coincidente com a largura da cavidade, com o qual a mó era movida manualmente, quando não havia água.
» Funcionamento
> Este moinho tinha a vantagem de poder moer os cereais movido pela água...;
> Todavia, uma vez que o ribeiro da praçaria seca a partir de Maio, então, a partir desta data passava a funcionar ao cambão, como já referimos, movido pela força humana;
> Funcionava todo o ano.
»» Projectos dos proprietários:
Pelo diálogo que mantivemos com os proprietários, animou-nos a ideia que eles nos divulgaram de terem intenção de recuperar aquelas ruínas e reconstituir o moinho tal qual ele fora, muito embora não tenham intenção de o fazer funcionar.
Muito embora não se preveja terem necessidade do moinho para arrumos, porque, como presenciámos, louvavelmente estão a recuperar todas as palheiras de granito que possuem naquela propriedade, seguramente, como cremos, que irão preservar aquele imóvel pelo valor histórico e singular que tem para nossa Aldeia.
Ainda que seja propriedade particular, afigura-se-nos que as autarquias não deverão deixar de apoiar estas iniciativas.
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