quinta-feira, julho 09, 2009

BEIJÓS E SUA HISTÓRIA

AS RUINAS DE UM MOINHO
Estando em Beijós, vamos sempre fazendo as nossas pesquisas do desconhecido.

Pela Páscoa de 2009, fomos descobrir as ruínas de um moinho, mesmo na margem direita do Ribeiro da Praçaria, a Sul do Pariço, na encosta Norte da Póvoa de Santo António.
Então, perante a surpresa, como sempre fazemos, colhemos as imagens, na esperança de aprofundar a história daquelas ruinas.
Agora, pelo São João/2009, conseguimos obter alguns relatos de pessoas que, muito embora desconheçam em concreto a história daquele moinho, comentaram-nos a existência de moinhos idênticos, nos quais cheram a trabalhar a puxar as mós manualmente, sitos nos Salgados, no Rio Dão, próximo das Aldeias de Furadoiro e Corujeiro, do concelho de Tondela.

Estamos conscientes de que a verdadeira história ainda a não sabemos.
Há alguns pormenores que, não os tendo vivido, serão difíceis de descrever.

Contudo, temos todo o interesse em divulgar algumas coisas que apurámos e as conclusões a que, mesmo por analogia, chegámos.
Vejamos:
» Proprietário
> Fernanda M.ª M.S. Amaral (neta do Saudoso Amigo José Pais do Santos);
» Local
> Ainda que os proprietários designem a propriedade por "Pisqueiro", é certo que se insere na encosta Sul do Pariço, limite da freguesia de Beijós, concelho de Carregal do Sal;
» Moinho
> Misto >> Hidráulico e Manual;
»
> Em pedra com cerca de 70/100mm de espessura, com um diâmetro de cerca de 800mm;
> Além do normal furo central com cerca de 100/150mm, possui um outro pequeno furo, superficial, somente uma cavidade, com cerca de 20mm, na parte superior, entre o furo central, vulgo "olho" e a aresta circular exterior do corpo da mó.
> Neste furo era colocado um pau (cambão), com uma espessura coincidente com a largura da cavidade, com o qual a mó era movida manualmente, quando não havia água.
» Funcionamento
> Este moinho tinha a vantagem de poder moer os cereais movido pela água...;
> Todavia, uma vez que o ribeiro da praçaria seca a partir de Maio, então, a partir desta data passava a funcionar ao cambão, como já referimos, movido pela força humana;
> Funcionava todo o ano.
»» Projectos dos proprietários:
Pelo diálogo que mantivemos com os proprietários, animou-nos a ideia que eles nos divulgaram de terem intenção de recuperar aquelas ruínas e reconstituir o moinho tal qual ele fora, muito embora não tenham intenção de o fazer funcionar.

Muito embora não se preveja terem necessidade do moinho para arrumos, porque, como presenciámos, louvavelmente estão a recuperar todas as palheiras de granito que possuem naquela propriedade, seguramente, como cremos, que irão preservar aquele imóvel pelo valor histórico e singular que tem para nossa Aldeia.

Ainda que seja propriedade particular, afigura-se-nos que as autarquias não deverão deixar de apoiar estas iniciativas.

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