No nosso país, o beija-mão não é prática corrente, mas pode acontecer encontrar-mos um estrangeiro para quem essa forma de saudação seja muito natural e que, ao ver uma mão estendida, a leve aos lábios. Infelizmente, veremos estrangeiros que, para gozarem o efeito deste tipo de cumprimento, se põem a praticá-lo a torto e a direito, sem respeitarem a regra mais elementar: O beija-mão nunca se pratica na rua, mas unicamente dentro da casa.
A mulher estende a mão ao homem, que a toma e se inclina suavemente para sobre ela pousar os lábios ou fingir que o faz, porque a maior parte das vezes ele deixa um certo espaço entre a mão e os lábios.
O beijo nunca deverá ser dado na palma da mão. É uma indelicadeza que por vezes se permitem certos pedantes, que bem mereceriam uma bofetada; no entanto, as regras de cortesia não nos permitem mais do que desprezá-los. Um homem que se permita semelhante indelicadeza deverá ver-se banido do seu circulo de amigos.
Se o beija-mão é uma manifestação de grande educação, ele não deverá, contudo, levar os nossos cavalheiros a terem o snobismo e a efectação de o sobrestimarem quando sempre utilizaram o simples aperto de mão.
É necessário que um homem esteja muitíssimo à vontade sobre o chão escorregadio da vida social para não parecer ridículo quando pratica o beija-mão.
Por MFJ/Willoughby
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