DIA MUNDIAL DA ÁGUA
« ( Foto da Ribeira do Poço Negro - 2009.ABR.14)
Hoje, 2010.MAR.22, assinala-se o Dia Mundial da Água.
Através de uma resolução (A/RES/47/193, de 22 de Fevereiro de 1993, a ONU adoptou o dia 22 de Março de cada ano como sendo O DIA MUNDIAL DA ÁGUA (DMA), de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Nesse período, vários Estados foram convidados a realizar no dia actividades concretas que promovam a consciencialização pública, através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas com a conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos.
A comemoração do Dia Mundial da Água traz um alerta, pois, segundo dados da ONU, prevê-se que, em 2050, dois biliões de pessoas sofrerão com a escassez de recursos hídricos.
Apenas três por cento de toda a água terrestre é própria para consumo. A água é o elemento que deu origem e sustenta a vida no planeta Terra.
Sem a água, nenhuma espécie vegetal ou animal, incluindo o homem, sobreviveria.
Cerca de setenta por cento da alimentação e do corpo humano são constituídos por água.
Mais de metade de todas as espécies de animais e plantas do mundo é aquática. Os oceanos, os mares, os glaciares, as neves, os lagos e os rios cobrem aproximadamente dois terços da superfície da Terra.
Os cientistas calculam o seu volume total em 1,42 biliões de quilómetros, sendo a maior parte (95,1 por cento) desse volume águas salgadas dos mares e oceanos.
Os 4,9 por cento restantes são constituídos por agua doce, distribuída entre glaciares polares, que ocupam 97 por cento desse precioso volume, e a água na forma líquida, disponível para o uso, cujo volume é estimado em pouco mais de dois milhões de quilómetros.
Assim, 99,9 por cento das águas do planeta são salgadas ou permanentemente congeladas.
Ainda no dia 22 de Março de 1992, a ONU divulgou também um importante documento: a "DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA"
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TEXTO
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA
Art.º 1.º - A água faz parte do património do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.
Art.º 2.º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo o ser vegetal, animal e humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura e a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado no Artº. 3.º da Declaração dos Direitos do Homem.
Art.º 3.º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimónia.
Art.º 4.º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus cíclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
Art.º 5.º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. A sua protecção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem, para com as gerações presentes e futuras.
Art.º 6.º - A água não é uma doação gratuita da natureza. Ela tem um valor económico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
Art.º 7.º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, a sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas actualmente disponíveis.
Art.º 8.º - A utilização da água implica o respeito à lei. A sua protecção constitui uma obrigação jurídica para todo o homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
Art.º 9.º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos da sua protecção e as necessidades de ordem económica, sanitária e social.
Art.º 10.º - O planeamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão da sua distribuição desigual sobre a Terra.
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COMO CUIDAMOS DAS ÁGUAS EM BEIJÓS?
Já aqui abordámos a questão em "BEIJÓS > E O MEIO AMBIENTE" e cujo tema também vimos tratado em BARÓMETRO BEIJOSENSE.
Abordámos os problemas da poluição da água na nossa freguesia ou região.
Não nos perturba o desdém de algumas pessoas, quando falamos deste assunto, porquanto estamos conscientes de que a água é mais preciosa do que qualquer capricho. Temos a firme convicção de que estamos no caminho certo e a zelar por um bem comum dos Beijosenses.
O BARÓMETRO BEIJOSENSE então, lançou um alerta sobre a poluição das águas que todos nós, na nossa Aldeia e as populações das aldeias vizinhas, normalmente consumimos e consomem colhendo-a nos Chafarizes de Beijós, junto à ponte do centro do Povo.
Vimos que a base para falar do tema foi um cartaz que a Junta de Freguesia colocara no chafariz, com a mensagem "ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO" cujo problema acontecera no mês de Dezembro, haverá mais de uma dúzia de anos, depois de um longo período de chuva.
Realmente, temos que ganhar consciência de que quaisquer detritos lançados no solo, com o decorrer do tempo e com as águas das chuvas se vão infiltrando, poluem os terrenos e chegaremos a determinado momento que as águas irão ficar, irremediável e permanentemente, impróprias para o consumo humano.
Todavia, observando o aspecto das águas das ribeiras que atravessam ou circundam BEIJÓS, pudemos observar que os esgotos de Aguieira e Carvalhal Redondo, do Pisão de Moreira e de Santar, localidades do concelho de Nelas, estão todos a ser lançados para a Ribeira que passa a Norte da nossa Aldeia.
Mereceram-nos especial destaque os esgotos de Carvalhal Redondo e Aguieira, que se juntam no final da Rua dos Teixeiras, a Poente desta última localidade, onde foram construídos uns tanques que de nada servem e cujos esgotos são lançados a céu aberto, sem qualquer tipo de tratamento para um ribeiro, afluente da Ribeira do Pisão.
Estamos esperançados de que as autarquias que os Beijosenses elegeram, se imponham no cumprimento da DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA, por forma a zelarem pela saúde das populações e pela resolução atempada destes problemas.
Vemos na foto as águas claras, límpidas, porque a ribeira do Poço Negro ainda tinha um caudal razoável, na altura em que a foto foi colhida. Todavia, na época estival tudo se complica... porque as únicas águas que ali correm são as dos esgotos que são lançados pelas localidades referidas na mensagem.
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