terça-feira, fevereiro 27, 2007

1 - SOCIEDADE - Família

"Oração pela Família

Que nenhuma família comece em qualquer de repente
Que nenhuma família termine, por falta de amor,
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente
E que nada no mundo separe um casal sonhador.

Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte
Que eles vivam do ontem no hoje e em função de um depois.

Que a família comece e termine sabendo onde vai
E que os homens carreguem nos ombros a graça de um pai
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.

Abençoa, Senhor, as famílias, amém
Abençoa, Senhor, a minha também

Que marido e mulher tenham força de amar sem medida
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.

Que o marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos
Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho
Seja a firme esperança de um céu, aqui mesmo e depois.

Abençoa, Senhor, as famílias, amém
Abençoa, Senhor, a minha também

Pelo Pe. Zezinho - Cântico Católico"
________________
Este cântico dá para cada cidadão reflectir sobre o tema. Será uma forma de cada um repensar os valores da família na sociedade em que vivemos.
Em prosa ou em verso, construtivamente, vamos expor os nossos pontos de vista.

> Neste contexto, oportunamente, irão ser apresentados outros temas, como :
- O Casamento e união de facto;
- O Divórcio;
- Os Filhos do divórcio.

Assim, muito embora estes temas estejam relacionados, seria benéfico que, neste Post, se falasse somente da FAMÍLIA e que fosse descrita tal qual o próprio comentador a entende.
O tema é muito importante, assim como esperamos que o sejam os comentários.
Que esses comentários nos tragam ensinamentos como viver e melhorar o convívio na vida a dois, no dia-a-dia.

Acima de tudo, vamos falar a sério, brincando.

12 comentários:

  1. Conceito de Família:
    > Conjunto de pessoas que vivem em comum sob o mesmo tecto.
    > Pessoas do mesmo sangue.
    > Descendência.
    > Linhagem.

    ResponderEliminar
  2. FAMÍLIA:
    É um núcleo de pessoas ligadas entre si por um elemento de carácter biológico: a união de sexos, a procriação ou a descendência de um tronco comum (A. Varela, Dir. da Família, 1980-30);

    FAMÍLIA:
    Em sentido lato
    > São as pessoas ligadas por consanguinidade;
    Em sentido restrito
    > Os cônjuges e a prole (Descendência; Progénie; Os filhos);
    (Leib Soibelman. Dic.Geral Dir., ed., Brasil., 1.º - 271).

    FAMÍLIA-LINHAGEM:
    É a sequência de gerações, baseada na filiação (N.Espinosa Gomes da Silva, in Reforma do Código Civil, 1981, 59.
    Nota: Após o D.L. 496/77, passou-se da Família-linhagem, para família nuclear ou conjugal. O cônjuge concorre agora com descendentes e ascendentes.

    ResponderEliminar
  3. FONTES DAS RELAÇÕES JURÍDICAS FAMILIARES:
    São fontes das relações jurídicas familiares:
    > O Casamento;
    > O parentesco;
    > A Afinidade;
    > A Adopção.

    (Dir. da Família, Artº. 1576.º do Código Civil)

    ResponderEliminar
  4. Parentesco:

    É o vínculo que une duas pessoas, em consequência
    > De uma delas descender da outra;
    > Ou de ambas as pessoas precederem
    de um progenitor comum.
    (art.º1 578.º do Código Civil)

    Elementos de parentesco:

    Determina-se pelas gerações que vinculam os parentes um ao outro:

    > Cada geração forma um grau;
    > A série de graus constitui a
    linha de parentesco.
    (art.º 1 579.º do Código Civil)

    Obs. GERAÇÃO:
    > Função pela qual um ser organizado produz outro da mesma espécie;
    > Acto de ser gerado;
    > Procriação;
    > Grau de filiação;
    > Linhagem;
    > Ascendentes e descendentes de uma
    pessoa;
    > Conjunto de pessoas da mesma
    época;
    > Tempo médio da duração da vida
    humana;
    (...)

    ResponderEliminar
  5. LINHAS DE PARENTESCO:

    Linha recta
    >> Quando um dos parentes descende do outro (pai, filho...)
    > Pode ser descendente ou ascendente:
    a) - Descendente > quando se considera como partindo do ascendente para o que dele procede (pai > filho);
    b) - Ascendente > Quando se considera em sentido oposto, do descendente para o ascendente (filho > pai)

    Linha colateral
    >> Quando nenhum dos parentes descende do outro, mas ambos procedem de um progenitor comum (irmãos...)

    (art.º 1580.º do Código Civil)

    ResponderEliminar
  6. A FAMÍLIA ATRAVÉS DOS TEMPOS:
    A Família
    Meu pai trabalha desde manhã até à noite, para que em nossa casa não falte o pão nem o conforto. Minha mãe cuida dos arranjos da casa. Mas os principais cuidados e desvelos dos meus pais são para os seus filhos, a quem eles criam no amor de Deus e da Pátria. Meu pai, minha mãe e os meus irmãos são a minha família. Vivemos todos debaixo do mesmo tecto e rezamos as mesmas orações; comemos do mesmo pão e aquecemo-nos à mesma lareira. Quando algum de nós faz anos, é dia de festa em nossa casa; tudo anda alegre e satisfeito. Se alguém da minha família adoece, todos ficamos tristes e cheios de inquietação, porque todos somos unidos como se fôssemos uma só pessoa e nos confundíssemos numa só alma. Mas a nossa família não são só as pessoas que vivem no nosso lar. Nossa família são também todas as pessoas que têm o mesmo sangue: são também os nossos avós, os nossos tios, os nossos primos. Mais do que isso. A nossa família não compreende só as pessoas que hoje vivem. Todos os nossos antepassados, todos aqueles de quem descendemos, assim como todos aqueles que nos hão-de suceder, constituem, juntamente connosco, os elos de uma longa cadeia, ligada pelos laços, do afecto e até do interesse."
    __________________________ 2.ª Classe nos anos 50/60do Século XX.
    "A Família
    A família é formada por indivíduos unidos pelo parentesco. O pai e a mãe constituem o centro da família, que tem como base o casamento. Os indivíduos da mesma família encontram-se ligados por um profundo sentimento de amor, nascido dos laços do sangue e da vida comum. O amor paternal, maternal e ainda fraternal, existentes, mais ou menos, em todos os animais superiores, adquirem na família humana uma grande força moral, e garantem a união espiritual da família. É da boa ou má constituição da família, das garantias e dos direitos que perante a sociedade ela goza, que depende a força moral e o progresso das nações. O Estado Português assim o reconheceu; por isso, a família, no nosso país, é protegida por leis sábias e justas. A Constituição Política da Nação estabelece que o Estado assegura a constituição e defesa da família e a considera como a base da educação, da disciplina e da ordem social. Esta orientação política, que assim, protege e defende a família, tem sido adoptada por outros países. Mas o amor é o laço forte que verdadeiramente une os membros da mesma família; é ele que faz com que cada família conserve através das gerações uma certa personalidade moral. E não esqueçamos o que escreveu um legislador há mais de século e meio:"Ninguém é bom cidadão, se não for bom filho, bom pai, bom irmão. bom amigo e bom esposo."
    Na Família, o chefe é o Pai; na Escola, o chefe é o Mestre; no Estado, o Chefe é o Governo.
    Honra em tudo e por tudo teu Pai e tua Mãe. "
    _________________________4.ª Classe nos anos 50/60 do século XX.

    ResponderEliminar
  7. CÔMPUTO DOS GRAUS (de parentesco):

    Na linha recta

    > Há tantos graus quantas as pessoas que formam a linha de parentesco, excluindo o progenitor;

    Na linha colateral

    > Os graus contam-se pela mesma forma, subindo por um dos ramos e descendo pelo outro, mas sem contar o progenitor comum.

    (Art.º 1581.º do CC.)

    ResponderEliminar
  8. LIMITES DO PARENTESCO:

    Salvo disposição da lei em contrário,

    > Os efeitos do parentesco produzem-se em qualquer grau na linha recta
    > e até ao sexto grau na linha colateral.

    (Art.º 1582.º do CC.)

    ResponderEliminar
  9. AFINIDADE:

    > É o vínculo que liga cada um dos cônjuges aos parentes do outro.
    (Art.º 1584.º do CC)

    ELEMENTOS DA AFINIDADE:

    > A afinidade determina-se pelos mesmos graus e linhas que definem o parentesco;

    CESSAÇÃO DA AFINIDADE:

    > A afinidade não cessa pela dissolução do casamento.

    (Art.º 1585.º do CC)

    ResponderEliminar
  10. AFINIDADE EM TERMOS PRÁTICOS:

    > Genro/nora, afins de filhos;
    > Sogro/sogra, afins de pais;

    > Tio do marido/esposa, afins de tio do outro membro.

    > Primo do marido/esposa, afins de primo do outro membro.

    ResponderEliminar
  11. "CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA
    Artigo 36.º
    (Família, casamento e filiação)
    1. Todos têm o direito de constituir família e de contrair casamento em condições de plena igualdade. A lei regula os requisitos e os efeitos do casamento e da sua dissolução, por morte ou divórcio, independentemente da forma de celebração. 3. Os cônjuges têm iguais direitos e deveres quanto à capacidade civil e política e à manutenção e educação dos filhos. Os filhos nascidos fora do casamento não podem, por esse motivo, ser objecto de qualquer discriminação e a lei ou as repartições oficiais não podem usar designações discriminatórias relativas à filiação. 5. Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos. 6. Os filhos não podem ser separados dos pais, salvo quando estes não cumpram os seus deveres fundamentais para com eles e sempre mediante decisão judicial. A adopção é regulada e protegida nos termos da lei, a qual deve estabelecer formas céleres para a respectiva tramitação."
    ___________________________
    > Verifica-se:

    "1. Todos têm o direito de constituir família..."

    ResponderEliminar
  12. A FAMÍLIA

    Não é fácil dissertar sobre um tema tão sério como este "A FAMÍLIA". Cada cabeça sua sentença e por isso, temos que aceitar que cada pessoa veja a família a seu jeito. Nos tempos que correm, infelizmente, alguns valores da família tendem em desvirtuar-se. A família, como célula principal da sociedade, tem estado a sofrer mutações. Normalmente, perante as dificuldades da vida, marido e mulher têm que trabalhar fora de casa. Este modo de vida restringe de alguma forma a procriação. Os problemas são tantos que, uma grande parte dos casais opta por não ter filhos e outra guarda para mais tarde a decisão de se organizar para os ter. Constituir família e ter filhos é uma grande aventura e não está fácil nos tempos que correm. Os casais que optam por ter filhos devem ser considerados uns verdadeiros heróis. Quando se decidem pelos filhos, além dos valores financeiros que têm que dispor para orientar o lar, têm que prescindir de muitos dos seus privilégios em favor dos herdeiros, senão vejamos:
    Noutros tempos, nas famílias portuguesas, o marido trabalhava na sua profissão (...) e a mulher, normalmente, ficava em casa a tratar dos seus afazeres domésticos. A mulher trabalhava da mesma forma, cuidava de si, do marido e de toda a lida da sua casa. Quando os filhos vinham, era ela, mãe, que lhe dispensava todos os cuidados todos os carinhos, de dia e de noite. A mãe olhava com todo o amor pelos seus próprios filhos. Educava-os à sua maneira e transmitia-lhe os valores que tinha recebido dos seus pais, avós e etc. Podia dizer-se que a educação dos seus ancestrais era transmitida de geração em geração. A preocupação do marido, além do carinho e dos cuidados que tinha que dispensar à esposa e aos filhos, porque a ele também lhe competia velar pelo bem estar da família, centrava-se principalmente em a alimentar. O marido tinha que zelar, financeiramente, pela sua casa, para que nada faltasse à mulher e aos filhos. Hoje, a vida está diferente. Normalmente os cônjuges trabalham, ambos têm o seu emprego. Logo pela manhã, bem cedo, têm que se arranjar e preparar os filhos para deixar no colégio ou na ama, que lhes cuida deles enquanto estiverem no trabalho. No trabalho ambos têm uma preocupação constante para saber se os filhos estão bem. No final do dia, correm para casa, para irem buscar os filhos que deixaram nos infantários. Durante a noite, o seu sossego, no seu descanso nunca tem a tranquilidade que necessitam para retemperar forças para no dia seguinte enfrentarem novo dia de tarefas. Os cuidados com os filhos fazem com que haja algum sobressalto, mesmo durante o seu sono. No dia seguinte a história do dia anterior repete-se e é assim durante toda a semana, durante todo o mês, durante todo o ano e anos. Nos fins de semana os filhos são somente dos pais. Os pais, então, cuidam deles em pleno. Cuidam da sua educação, procuram corrigir algumas situações de que necessitem. Durante a semana, pode dizer-se que os pais quase nem têm tempo para olhar para os filhos. Há uma quebra de contacto e, consequentemente, durante a maior parte do tempo, os pais deixam-nos aos cuidados de estranhos, que lhe imprimem maneiras de estar diferentes e diversos modos de educar. É assim a família de hoje. O sacrifício de ser pai/mãe, hoje, é muito maior. O esforço da família é muito mais do que outrora. Por isso podemos dizer abertamente que os pais de hoje, não tendo o apoio de familiares, são verdadeiros heróis. O bem-estar de que poderiam beneficiar, é repartido pelos filhos. Bom será que, apesar de tudo, os filhos aprendam a retribuir aos pais o que deles receberam durante o tempo em que os andaram a criar. Mas, infelizmente, a velhice acarreta outros problemas. Como ambos os cônjuges têm que trabalhar, além do sacrifício para criar os seus filhos, por vezes acrescem também as preocupações com os progenitores, que, tendo atingido uma certa idade, passam a necessitar também dos seus cuidados. Como acontece com as crianças, os velhotes passam a ser entregues em lares, para ai serem cuidados. Infelizmente, nem sempre recebem os melhores carinhos e, alguns deles, são assim depositados, como quem procura libertar-se de coisa velha. Fica para ali, como que num armazém de sucata, até que Deus queira. Outrora, os avós cuidavam dos netos e dos filhos. Estes acabavam por tratar os progenitores até ao seu último dia, em sua casa. Havia forte sacrifício, por vezes, para dispensar aos mais velhos o amor e carinho que eles mais necessitassem na velhice. Afinal, a evolução da vida não oferece somente coisas positivas. Não se preservam os valores ancestrais para os mais jovens, nem se proporciona aos mais velhos aquilo que eles mereceram, enquanto lutaram e organizaram a sua vida e a dos seus descendentes na esperança de contribuírem para a construção de um Mundo melhor.

    Por Willoughby

    ResponderEliminar

Os seus comentários enriquecem a nossa prestação. Seja bem vindo. Obrigado pela sua colaboração.