domingo, fevereiro 25, 2007

OH ALDEIA

OH ALDEIA




Refrão (BIS)



Oh Aldeia,

Desceste do Monte ao Vale,

Em noite de Lua Cheia,

Sabes encantar Portugal.


****
................................................................

O Sol beija a tua fronte,

Quando alcança o Areal,

Aquece forte o teu monte,

Que se avista no frontal,


****


Anda em volta dos outeiros,

Da cadina e dos castelos

E roda bem prazenteiro,

Do Sul os torna tão belos.


****

.................. Refrão (BIS)

........................................................................


Irradia o Lugar d`Além

E o beija à tardinha

E o Vale - da - Loba também,

Onde mergulha à noitinha,



****


Lá do fundo da ribeira,

Despede - se do Cerradinho,

Do Pisão em derradeira,

Esconde - se com jeitinho.


****


........................ Refrão (BIS)


................................................................



E deixa que o Luar avance,

À Terra de todos nós,

Que avista de relance,

A bela Aldeia, Beijós;




****



Com as luzes no escuro,

Emita bem os presépios,

Nela, ventos no sussurro

Lançam seus silvos intrépidos.




........................... Refrão (BIS)




(Ritmo - Bailinho)



(Letra e música > Zacarias Pais do Amaral)

3 comentários:

  1. Gostava de ouvir a música. Já ouvi comentar que ela é contagiante.

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  2. HINO DE BEIJÓS
    (2006)

    I
    É bom falar de Aldeia tão linda,
    Não há no mundo Terra mais bela,
    Em forte expansão ainda
    O Dão, nobre vinho, é fruto dela.
    II
    Une – a as pontes sobre os seus rios,
    Imensos prados, olivais sem fim,
    Mesmo distantes todos os seus filhos,
    Muito orgulhosos, vão cantando assim

    ESTRIBILHO
    Quem quer vir a Beijós comigo,
    Contemplar um jardim em flor,
    Onde há sempre um bom amigo,
    Ambiente puro e acolhedor.

    Quem quer vir a Beijós comigo,
    Ver na minha Terra Natal,
    Seus verdes campos de trigo,
    Puras Águas e frôndeo pinhal.

    III
    Aldeia Beirã, agrícola por tradição,
    Com as ribeiras, por Cristo abençoada
    Com o Padroeiro, Seu percursor S. João,
    Fez deste lugar a Terra mais desejada.
    IV
    Seus camponeses, com vontade de vencer,
    Não regateiam o esforço do lavrar,
    Muito orgulhosos, defendem o seu Prazer,
    De manter Beijós do concelho o Pomar.

    ESTRIBILHO (...)

    V
    Pelos Romanos foi outrora cobiçada,
    A Viriato serviu de berço por inteiro,
    Com suas lutas foi por ele resgatada,
    Com a astúcia de audaz guerreiro.
    VI
    Território por que se sacrificou,
    Situado bem no coração da Beira,
    Veio Sertório dissidente e ajudou
    A expulsar o inimigo p’ra fronteira.

    ESTRIBILHO (...)

    VII
    De Viriato herdou a gente a valentia,
    Povo aguerrido é de si já tradição,
    Determinado também faz disso galhardia,
    Cioso e ousado esforça – se em união.
    VIII
    Nas lutas que travou na sua história
    Pioneiros, o Vale da Loba e o Areal,
    Os outros bairros com acção mais meritória,
    Bailavam num ou noutro arraial.

    ESTRIBILHO (...)

    IX
    Mas deste povo os feitos e as vitórias,
    Nas sete colinas também se reflectiram,
    Tantos escreveram páginas de glórias,
    Enobrecendo aqueles que já partiram.
    X
    Os que legaram nos mais novos o ofício,
    E o entusiasmo de continuar nesse roteiro,
    Motivando - os a acolher sem sacrifício,
    Para promover BEIJÓS no mundo inteiro.

    ESTRIBILHO (...)

    Ritmo - Marcha
    Letra e Música: Zacarias Pais do Amaral

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  3. -------------- RESENHA ------------
    Quando nos propomos escrever, em prosa ou em verso, tudo tem por base algo que nos inspira e nos anima, para falar sobre um tema. Parece-me salutar descrever a forma como o autor de "Oh Aldeia" se inspirou para enaltecer Beijós e relatar, em verso, a sua situação geográfica, a sua beleza e os fenómenos naturais, o Sol, a Lua, o Vento, etc, que sobre a Aldeia incidem.

    Então Vejamos:



    Refrão (BIS)

    OH ALDEIA,
    (Evocação de Beijós)

    DESCESTE DO MONTE AO VALE,

    (Reza a história que os primeiros habitantes de Beijós se instalaram no Milreu, no Outeiro da Grainha e noutros pontos altos. Pelos vestígios arqueológicos encontrados no Mil Rego/Reachas, também nos leva a concluir que ali habitaram outros Beijosenses,isso inspirou o autor para este verso)

    EM NOITE DE LUA CHEIA,

    ( O autor não se quer referir a fases da lua, mas somente noites de Luar)

    SABES ENCANTAR PORTUGAL.

    (Com as noites de Luar e principalmente, antes de haver electricidade em Beijós, a Aldeia tornava - se muito mais bonita. Encantava não só os habitantes, mas também quem a visitava. Hoje, artificialmente, com a electricidade e com a melhoria da iluminação pública, ainda que tenha alterado a imagem, a beleza é diferente)

    ******************************

    O SOL BEIJA A TUA FRONTE,
    QUANDO ALCANÇA O AREAL,

    (Inspiração dada pelo percurso que o Sol faz em volta da Aldeia. Por isso o Areal fica a Nascente, supostamente seria a primeira zona a ser iluminada)

    AQUECE FORTE O TEU MONTE,
    QUE SE AVISTA NO FRONTAL,

    (O Sol aquece o monte, refere-se à parte Nascente do Outeiro dos Castelos. O avistar do Frontal quer dizer que, quando viajamos de Sul para Norte, na Estrada Cabanas de Viriato - Viseu, avistamos logo de frente o Outeiro dos Castelos, daí que o avistemos no frontal)

    ANDA EM VOLTA DOS OUTEIROS,
    DA CADINA E DOS CASTELOS

    ( O Sol roda em volta dos outeiros, pelo Sul)

    E RODA BEM, PRAZENTEIRO,
    DO SUL OS TORNA TÃO BELOS.

    (O Sol roda bem vivo pelo Sul dos Outeiros, dando-lhes muito mais alegria e cor, por isso os torna tão belos como nós os vimos, como nós os contemplamos)

    Refrão (BIS)

    IRRADIA O LUGAR D'ALÉM
    E O BEIJA À TARDINHA

    (O Sol irradia o Lugar d'Além, porque,durante o dia, passa-lhe por cima, a focar os Outeiros no Centro da Aldeia. Mas à tardinha já consegue chegar àquele Bairro)

    E O VALE-DA-LOBA TAMBÉM,
    ONDE MERGULHA À NOITINHA,

    (O Sol também beija o Vale-da-Loba, com maior incidência a partir do meio da manhã/ meio dia. Aí se fixa até ao anoitecer, porque este Bairro fica a Poente de Beijós)

    LÁ DO FUNDO DA RIBEIRA,
    DESPEDE-SE DO CERRADINHO,

    (O Sol afasta - se de Beijós e segue para o Fundo da Ribeira, onde nós o avistamos até ele se pôr. Convém aqui referir que a Ribeira é um lugar, um bairro de Beijós, onda há habitações sazonais. Há ali terrenos agrícolas muito produtivos, que são banhados pela ribeira, aqui sim "riacho", que fertiliza esses campos. Por isso ele despede - se dali do Cerradinho, que já vai ficando para trás, a Nascente, e que, quase não vê o pôr-do-Sol)

    DO PISÃO EM DERRADEIRA,
    ESCONDE-SE COM JEITINHO.

    (Do Pisão ele também se despede, da mesma forma como do Cerradinho. Embora o Pisão fique a Norte da Aldeia, por detrás do Outeiro dos Castelos, o Sol vai andando lentamente e despede-se de vagar, deste novo bairro da Aldeia, que espreita pelo vale do Redondo/Pisão, terrenos igualmente muito produtivos, entre o Outeiro dos Castelos e a Serra, e que já ficam dentro da parte urbana, actualmente).

    Refrão (BIS)

    E DEIXA QUE O LUAR AVANCE,
    À TERRA DE TODOS NÓS,

    (Posto o Sol, normalmente avança a Lua. Vem o Luar, principalmente em determinados meses do Ano. "Em Janeiro, que não tem parceiro e em Agosto que lhe dá no rosto". Há uma coisa curiosa que não tem sido muito falada, principalmente nos habitantes de Beijós. A Lua anda atrás do Sol, mas parece andar menos que ele. Então, em determinados dias, vê - se a Lua ao pôr do Sol junto da ribeira, que, quando o Sol se esconde, ainda projecta luar, por alguns momentos. No dia seguinte a Lua já aparece mais em cima. Já fica sobre a Aldeia, e alumia-a com o seu luar por mais tempo. E assim sucessivamente, até que vai aparecendo depois do Sol-pôr e projecta a luz do luar durante toda a noite. E vai andando até que, noutras noites a Lua só aparece pela madrugada, e deixa o seu luar até ao nascer do Sol).

    QUE AVISTA DE RELANCE,
    A BELA ALDEIA, BEIJÓS;

    (Aqui verifica - se que, nos primeiros dias de Luar, como já ficou referido, a Lua permanece pouco tempo a seguir ao pôr-do-Sol, por isso avista a Aldeia somente de relance)

    COM AS LUZES NO ESCURO,
    EMITA BEM OS PRESÉPIOS,

    (Dada a Configuração, o relevo da nossa Aldeia e com a iluminação eléctrica, quando a avistamos, viajando de Cabanas para Viseu, durante a noite, faz lembrar os presépios que, tradicionalmente, os Cristãos criam na época do Natal).

    NELA, VENTOS NO SUSSURRO
    LANÇAM SEUS SILVOS INTRÉPIDOS.

    (Principalmente no Inverno, os ventos, em certos locais da nossa aldeia, mais notório durante a noite, soltam silvos fortes e agudos, que fazem sentir o verdadeiro prazer,a alegria e o conforto do abrigo que as casas proporcionam aos respectivos habitantes).

    >>> Por Willoughby

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