Todos temos um apelido, um nome próprio e um título:
Senhor
Senhora
Menina.
Como deveremos servir-nos destas fórmulas de tratamento nos diferentes contactos humanos?
Alguns exemplos ilustrarão melhor este comportamento:
O Sr. e a Sr.ª Paulo Rodrigues estão em casa. A Sr.ª Rodrigues chama-se Teresa.
Batem à porta. A visitante vem recolher fundos para uma conhecida obra de caridade.
“Bom dia, minha senhora”, diz Paulo Rodrigues.
A senhora expõe aquilo que pretende.
“Já contribui no meu escritório, mas tenho a certeza de que a minha mulher também quererá participar. Espere um instante, por favor, vou chamá-la. Teresa, podes vir cá abaixo, se fazes favor?”
Alguns momentos depois de a senhora se retirar batem outra vez à porta. Paulo vai novamente abrir. Um homem de fato de trabalho anuncia imediatamente: “Venho por causa da televisão”.
“Bom dia senhor, responde Paulo Rodrigues. “Entre! A minha mulher está justamente na sala; faça favor de descer”
Enquanto a Sr.ª Rodrigues está junto do técnico da televisão, o telefone toca e Paulo atende. É um amigo do jovem casal que os convida para jantar no dia seguinte.
“És muito amável “ diz Paulo Rodrigues. “Tenho a certeza de que isso vai agradar à Teresa. Neste momento ela está ocupada. Vou falar com ela e telefono-te daqui a pouco.”
Estas três cenas representam a aplicação de duas regras de boa educação:
> Ao referir-se a sua mulher, Paulo Rodrigues chama-lhe Teresa, quando fala ao amigo;
> E diz minha mulher ao técnico que vem fazer uma reparação e a uma desconhecida que vem receber donativos.
O mesmo relativamente a Teresa quando fala de seu marido:
> Durante uma conversa, Teresa Rodrigues dirá Paulo diante da família, dos amigos íntimos ou de pessoas das relações de ambos;
> E o meu marido quando fala com estranhos que não fazem parte do seu círculo habitual de relações e perante todas as pessoas que lhe prestam serviços ou executam trabalhos, quer seja em casa, quer no jardim, no carro, etc.
> Só com empregados domésticos uma esposa dirá o senhor quando se refere ao seu marido e este a senhora ao referir-se à sua mulher.
Sejam quais forem os títulos, os graus universitários ou as qualificações de um dos cônjuges, o outro não tem qualquer direito a eles nas fórmulas de tratamento com as quais as pessoas se lhe dirigem ou na sua assinatura. Deste modo:
> Se Paulo Rodrigues for médico, Teresa não é a Sr.ª Dr.ª Rodrigues. O emprego desta forma de tratamento é de mau gosto.
> Ao telefone, para qualquer fornecedor, é a Sr.ª Paulo Rodrigues. Para os amigos será Teresa Rodrigues.
Uma mulher que conserva o seu emprego depois do casamento pode manter o seu nome de solteira se a sua carreira está estabelecida ou simplesmente se assim for mais conhecida.
Fala-se da utilização dos apelidos do marido e da esposa ligados por um traço de união como apelido de família, mas é pouco provável que a ideia se generalize rapidamente, por forma a fazer cair em desuso as regras de etiqueta tradicionais acima enumeradas.
Por MFJ/Willoughby
Muito bom!
ResponderEliminarHá regras que nunca são exageradas.
É bom que haja alguém que nos as recorde!:)