Naquela época havia grandes desfolhadas na nossa Aldeia. Normalmente eram feitas ao serão, à luz do gasómetro. Este trabalho, ainda que fosse efectuado por familiares e amigos do proprietário do milho, também servia de convívio.
Contava-se sempre com alguém estranho que, emantilhado (vulgo "emantonado"), com intenção de se divertir, usando as espigas vermelhas (milho rei como cantou a SIMONE, em 1969) ou para estar próximo da sua namorada/o, se propunha também dar a sua ajudinha.
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O local onde foi feita esta desfolhada poucas alterações sofreu.
Havia ali um poço que foi alagado.
Por isso não haverá muitas dúvidas.
Actualmente as culturas que mais se desenvolvem naquele espaço são os viveiros.
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Quanto às pessoas, para muitos dos nossos conterrâneos já é um pouco mais difícil determinar quem eram, mas sempre vai uma ajudinha:
- Parte delas eram de S. Gemil, as quais vinham trabalhar para ali quase diariamente.
- De Beijós há algumas. Parece-me que já nenhuma delas está entre nós, mas destacamos duas, os nossos Queridos Amigos que Deus tem, José Henriques Peixoto e o irmão António Henriques Peixoto, cujos familiares ainda estão entre nós vivos.
- O Patrão também estava entre os trabalhadores. Era aquele senhor de chapéu largo na cabeça.
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O cenário fotografado, da encosta do Outeiro, também merece uma referência.
Então, ainda não tinha sido rasgada a Rua do Vale da Loba (Rua Miguel Bombarda), porque, segundo consta, essa artéria só foi alargada ou aberta cerca de 15 anos mais tarde, em 1946 (?).
Todavia, muitas das casas que ali conhecemos actualmente, já lá estavam. Como sabemos, em 1931, a rua que funcionava como Rua do Vale da Loba era aquela artéria estreitinha que passa a Norte da Loja dos Seguros, do Nosso Querido Amigo Victor Baptista e vai sair junto da Peixaria da Albertina de Jesus Maria.
Foto deveras interesante! Pena as caras não estarem mais perto, mas o fotógrafo quis meter tudo dentro da objectiva :)
ResponderEliminarAinda assim, à frente, de blusas brancas, creio estarem duas irmãs do "patrão"; provavelmente, o rapazola de calções e boné seria sobrinho do "patrão".
Que diferença no povoamento dos outeiros!
Carlos Peixeira,
ResponderEliminarTens razão, quanto às irmãs do Patrão, de blusa branca. Atrás dele parece-me estar a D.Evazinha, ao lado será a D. Felicinha, ambas que Deus tenha em Seu Eterno Descanso.
Há uma senhora à frente, com blusa axadrezada, que é a nossa Querida Amiga FERNANDA PEIROTEU, penso que será o seu nome, porque eu sempre ouvi referirem-se a ela como a "Fernanda do gás", que Deus a tenha no Seu eterno descanso também.
Ratifico o Nome de "FERNANDA POMPEU"
ResponderEliminarpreciosidade
ResponderEliminarsem duvida, bela foto..
ResponderEliminarUma foto preciosa!
ResponderEliminarMas desfolhadas que eu recordo eram à noite.
Tenho recordações de grandes montes de milho, de homens emantonados que não destapavam a cara nem para comer a merenda à luz dos gazómetro na lage da eira ao lado.