quinta-feira, junho 05, 2008
ILUSTRES BEIJOSENSES
ANTÓNIO DA SILVEIRA COELHO DE MOURA
» Nascido em Beijós a 19 de Agosto de 1900
onde residiu até ao seu falecimento a » 01 de Novembro de 1982
» Filho de Alexandre Coelho de Moura e de Adelaide Augusta da Silveira
» Foi casado com Maria Clara Coelho do Amaral, também já falecida.
FUNÇÕES PÚBLICAS QUE EXERCEU:
> Como Secretário da Junta de Freguesia de Beijós; altura em que era presidente Agostinho Marques Carvalhal;
> Posteriormente, exerceu as funções de Presidente da mesma Junta de Freguesia, até 24 de Abril de 1974, durante cerca de 35 anos, por sufrágio popular, segundo as normas, então, vigentes.
» Teve, entre outros membros, como Secretário da Junta de Freguesia Agostinho Marques Pais, substituido à sua morte por José Alexandre Coelho de Moura; e como Tesoureiro Armindo Coelho de Moura;
OBRAS REALIZADAS NOS SEUS MANDATOS:
> Exploração das águas públicas na Laboeira e sua distribuição por três chafarizes, designadamente o da Ponte do Povo, o do Lugar D'Além e o do Terreiro; e por dois bebedouros, para os animais um também à Ponte do Povo e outro aos Caminhos - Lugar D'Além.
> Abertura de poços para exploração de água para abastecimento público e colocação de bombas para o efeito, no Vale da Loba e no Areal;
> A construção da Escola de Beijós;
> A electrificação da Aldeia;
> Abertura da Rua do Vale da Loba, agora Rua Miguel Bombarda, e respectivo empedramento, por duas vezes;
> Alargamento da Rua da Igreja, Agora Afonso Costa e abertura da Estada que liga esta rua a Canas de Senhorim, via Póvoa de Santo António;
> Alargamento da Rua Defensores da Pátria;
> Alargamento dos acessos à Ponte do Redondo, até ao edifício da Tapada e respectivo empedramento;
> Entre muitas outras Obras...
» Exerceu, durante muitos anos, a Chefia da Delegação do Registo Civil, de Beijós;
» » É justo aqui realçar a forma como desempenhava as suas funções, quer como Secretário, quer como Presidente da Junta de Freguesia e também como acumulava as do Registo Civil.
> Então, nenhuma das funções que exercia era remunerada.
> Tudo era feito na base do Voluntariado.
> Para tratar de qualquer assunto junto da Câmara Municipal de Carregal do Sal e para o envio dos documentos para a Conservatória do Registo Civil do concelho, tudo fazia deslocando-se de bicicleta a pedal, normalmente fazia estas deslocações, enquanto a maior parte dos Beijosenses tomavam a sua sesta, no Verão, nas horas de maior rigor do Sol:
Assim, ele ia resolver os problemas da freguesia, junto da Câmara e tratar do documentos dos seus conterrâneos junto do Registo Civil, no cumprimento das missões que lhe estavam confiadas, ciente de que era um benefício para todos, cujo facto lhe trazia alguma satisfação, por poder ser útil à comunidade.
O ESQUECIMENTO:
*** A vasta obra por si realizada era justo ser devidamente realçada.
» Incompreensivelmente, não foi atribuido o seu nome a nenhum arruamento da nossa freguesia.
> Todavia, a ruas, foram atribuidos nomes de pessoas que, seguramente, nunca terão passado por Beijós, pelo que, directamente, nunca se empenharam pelo desenvolvimento da nossa Terra, cujo facto tem originado algumas censuras por parte dos Beijosenses.
> Não é conhecida situação idêntica nas povoações vizinhas, porque os respectivos responsáveis procuraram destacar, em primeiro lugar, os naturais dessas Aldeias que contribuiram para o seu desenvolvimento, o que infelizmente não aconteceu em Beijós.
> Temos esperança de que, a todo o tempo, alguns dos novos responsáveis pela Junta de Freguesia de Beijós, venham a fazer justiça perante todos aqueles que se destacaram e lutaram pelo desenvolvimento da Nossa Aldeia.
OS RELATOS ESCRITOS FAZEM A HISTÓRIA:
o nosso conterrâneo e querido amigo "ANTÓNIO COELHO DE MOURA PAIS DO AMARAL MENDES", emigrado no Brasil, fez um singular relato escrito na sua obra "MONOGRAFIA DE BEIJÓS", sobre Beijosenses que, dedicadamente, puseram todo o seu saber ao serviço da sua Terra, para a desenvolver e criar infraestruturas para o bem social.
Para melhor ilustrar tudo aquilo que os Beijosenses fizeram, ousamos colocar fotografias durante a descrição.
*****
Vejamos então:-
"OS HOMENS QUE SE DESTACARAM NO DESENVOLVIMENTO DE MELHORIAS DE BEIJÓS E SEU POVO
Nos anos 1940 a 1945, havia muita deficiência em todos os sectores. Teve um grande Benfeitor que incentivou a educação e o ensino, dando prémios aos alunos que fizessem as melhores provas e ficassem em primeiro lugar nos exames. Os prémios em dinheiro variavam de cem a mil escudos, que naquele tempo representava muito dinheiro. Também auxiliava a caixa escolar e os pobres tinham médico de graça. O consultório era em casa da Noémia defronte ao chafariz da ponte. Esse benfeitor era o Sr. Arnaldo Coelho de Moura Pereira (ou Arnaldo de Castro), (Casa que Arnaldo Coelho de Moura Pereira mandou construir em Beijós)
que também doou o terreno para o recinto das festas e mandando fazer um coreto para a banda de música tocar. Esse terreno está no bairro do Areal (parque das Carvalhas).
(Parque Arnaldo de Castro - Mancha verde mais alta no meio do casario, no Areal)
O Sr. Agostinho Marques Carvalhal (presidente da Junta) com o seu secretário António da Silveira Coelho de Moura, trabalharam junto da Câmara do Carregal do Sal, e abriram a estrada que vai à ponte do Redondo, em frente à casa do Sr. Antoninho, como era carinhosamente chamado.
(Nesta fotografia, na encosta do outeiro, verificamos que a estrada que vem referida, que se chamou Rua do Vale da Loba e, posteriormente, foi-lhe atribuido o nome de Rua Miguel Bombarda. Por isso a Rua foi aberta depois de 1931, data da foto)
Tiveram muito trabalho, essa estrada teve de atravessar a quinta do Sr. Dr. Deusdado Castelo Branco até ao Largo do Leão, - construiram chafarizes e bebedouros para os animais.
(Bebedouro da Rua Abade Pais Pinto - aos caminhos)
(Bebedouro à entrada da actual Rua Miguel Bombarda, junto da Ponte do centro da Aldeia)
Continuaram a estrada para Canas de Senhorim, que atravessa as Póvoas de Lisboa, Entre Ribeiros e Póvoa de Santo António.
(Estrada que liga Beijós a Canas de Senhorim, subindo junto ao cemitério paroquial, como as imagens apresentam)
Beijós não tinha telefone, e através da Sra. Dona Amada, que entrou em contacto com um descendente da terra, filho de António Mendes e de Dona Maria de S. José Coelho de Moura, neto do ex-Regedor Bernardino Pais do Amaral e de Guilhermina Coelho de Moura.
Esse benfeitor, que reside no Brasil, é o Sr. Dr. António Coelho de Moura.
O Sr. Agostinho Marques Carvalhal, muito idoso, foi substituido, e pelo voto do povo, por um Coelho de Moura. Grande Apaixonado e Humano pela sua terra (António da Silveira Coelho de
Moura)
que, como novo Presidente da Junta, conseguiu água encanada para toda a freguesia, assim como a luz eléctrica.
(Poços de exploração de água, na Laboeira, para abastecimento público nos Chafarizes)
Também abriu a estrada do Largo do Leão, que atravessa o Outeiro até ao Cerradinho.
(Rua Defensores da Pátria - Cerradinho)
Alargou a Rua da Igreja(rua do S. João) e ocupou o cargo e posto do Registo Civil.
Outro grande benfeitor, filho de Beijós, o Engenheiro Viriato Sousa Campos, que com seu conhecimento e amor a sua terra, conseguiu com a Junta Nacional da Estrada, o alargamento da Ponte do Centro de Beijós.
Actualmente as obras mais recentes e importantes foram:
- Casa do povo para idosos, e a Caritas-.
(Edifícios da Cáritas de Beijós)
R.C. De Moura."
*****A seguir, para que possa constar, apresentamos digitalizações de Excertos do texto que acabamos de transcrever, vejamos:-
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obrigada pela homengem ao meu bisavo!
ResponderEliminarBunny,
ResponderEliminarIsso!
Teu Bisavô, de quem te deves orgulhar, por tudo aquilo que ele foi; e por tudo o que ele fez por Beijós.
Também ficamos contentes por ti e contigo!
BEIJÓS*CINCO ALDEIAS irá continuar a pesquisar e a divulgar os feitos e os benefícios que este Teu Familiar criou em Beijós.
Glória aos que com poucos meios e muita vontade tanto fizeram.
ResponderEliminarHoje com tantos meios ,tão pouca vontade para fazer algo.
Também eu tenho orgulho no tio Antoninho.Lembro o seu ar levemente "bonacheirão", com todo respeito e a sua voz grave ralhando comigo por descer a correr as escadas do pátio da casa para o forno que não sei se ainda existe.
Bom trabalho.
ResponderEliminarTemos sempre algo a aprender neste blog.