Terminadas as obras de restauração do edifício, abriu as suas portas ao público, com «Exposição Permanente» e entradas gratuitas até ao dia 11 de Janeiro de 2009, o Museu de São Roque, em Lisboa, apresenta uma singular colecção de peças de «arte sacra», digna de ser visitada.
BEIJÓS*CINCO ALDEIAS teve o prazer de visitar a exposição, cujas imagens irá procurar divulgar, e, a todos os apreciadores desta arte, recomenda uma visita. Garantimos que, como nós, quem por ali passar irá ficar deslumbrado pela beleza e riqueza de todos os artigos e quadros expostos.
«Edifício do Museu»
"O Museu de São Roque está instalado no espaço da antiga Casa Professa da Companhia de Jesus, em Lisboa, edifício contíguo à Igreja de São Roque.
Abriu ao público em 1905 com a designação de «Museu do Tesouro da Capela de São João Baptista» em invocação da importante colecção de arte italiana que está na origem da sua criação.
Na década de trinta o âmbito do museu foi alargado, passando este a exibir uma maior diversidade de peças, surgindo com a designação de «Museu de Arte Sacra de São Roque».
Nos anos sessenta ganhou um novo sentido ao ser-lhe explicitamente associada a Igreja de São Roque, introduzindo-se, deste modo, o conceito de «Museu de Monumento».
Já nos anos noventa procurou-se reforçar esta ligação através da criação de novos núcleos expositivos.
Mais recentemente, o museu viu a sua área aumentar, o que permitiu diversificar o acervo em exposição e criar novas estruras de apoio. Tendo em vista reforçar a ligação museu/igreja, procedeu-se à recuperação de elementos arquitectónicos da antiga Casa Professa de São Roque como o claustro e zonas de passagem entre os dois espaços. "
(1)«Imagem de São Roque»
(**)«Tábuas da Vida e Lenda de São Roque». Jorge Leal/Cristóvão de Utreque (?), Portugal, c. 1520. Óleo sobre tela, inv. Pin. 52, Pin. 53, Pin. 55 e Pin. 56 .
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"Ermida de São Roque
No contexto de um surto de peste que assolou Lisboa em 1505, o rei D. Manuel I (1495-1521) solicitou à República de Veneza uma relíquia de São Roque, cujos milagres em favor dos pestíferos eram populares na Europa Meridional.
Em 1506 iniciou-se a construção de uma ermida para albergar a relíquia, num descampado, fora da muralha fernandina.
O adro desta ermida viria a servir de cemitério das vítimas da peste.
Por essa ocasião foi criada uma confraria com a invocação de São Roque, dotada de estatutos próprios, responsável pela manutenção do culto ao santo e pela conservação da ermida.
Da emida, mais tarde demolida para construir a Igreja e Casa Professa de São Roque, subsiste o conjunto de quatro (**) tábuas pintadas do seu retábulo, alusivas à vida e lenda de São Roque, duas lápides com inscrições e alguns vestígios de azulejos. Conserva-se, ainda a relíquia original de São Roque (1), solicitada à República de Veneza."
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