sexta-feira, fevereiro 27, 2009

BEIJÓS E A REGIÃO DEMARCADA DO VINHO DO DÃO

Beijós, Aldeia essencialmente agrícola,  está enquadrada na Região do Vinho do Dão. Nos últimos tempos, quer na nossa Aldeia, quer em todo o concelho de Carregal do Sal, tem-se vindo a desenvolver uma política vitivinícola baseada numa preocupação de produzir vinhos de qualidade.
Realmente, as adegas do concelho têm demonstrado capacidade de competição quer com outras Regiões do País, quer até com o estrangeiro, pelas classificações que obtêm nos vinhos que produzem.  
________________________________________
Isso é notório, vejamos o que nos diz "Do Nariz À Boca". 

"(...)

QUINTA MENDES PEREIRA, a arte do vinho. A produtora...
Raquel Mendes Pereira é paulista de nascimento e portuguesa de coração. Seu pai, português, nasceu em Oliveira do Conde, e seu marido e companheiro de aventuras é português também. A história da produção do vinho começa na Quinta … A Quinta Mendes Pereira, também conhecida como Quinta da Sobreira, situa-se junto a Oliveira do Conde, em plena região do Dão, a dois quilómetros do Rio Mondego e a seis quilómetros do Rio Dão... exactamente no coração da Lusitânia.
Trata-se de um lote 100% Touriga Nacional. As uvas foram colhidas em caixas de 22 kg da parcela de Touriga Nacional mais bem localizada na Quinta, depois tiveram desengace total, esmagamento e fermentação em depósitos de inox com temperatura controlada e maceração prolongada e cuidada para melhor expressão da tipicidade da casta, nomeadamente ao nível aromático e estrutural. 
A fermentação maloláctica ocorreu nas barricas de carvalho francês semi-novas e uma pequena percentagem de carvalho americano onde o vinho esteve depois um ano em estágio, a que se seguiu novo estágio em depósitos de inox por mais um inverno e posterior engarrafamento com envelhecimento em cave durante um período mínimo de 6 meses. Até ao engarrafamento teve apenas estabilização natural e uma ligeira filtração de modo a manter todo o seu potencial, pelo que pode ganhar depósito durante o envelhecimento em garrafa.

Cor rubi muito intensa com laivos acastanhados. Espuma fugaz rosada que persiste no copo durante muito tempo. É belíssimo ver o copo a chorar com as lágrimas bem viscosas deste vinho.
Típico da Touriga Nacional, os aromas atacam intensamente o nariz. Notas “super” intensas a barrica, deixando pouco depois lugar ao lado frutado do vinho. Algum fruto seco (noz, passa, amêndoa). Muito interessante, aparece algum cacau com mistura surpreendente com um aroma fino a brisas do bosque (medronho, casca de pinheiro, caruma) e marmelo no final da cozedura.
Na boca, tem taninos ainda com muita garra mas bem amigáveis. Muita complexidade na boca, quente e vinoso. Possui uma linha longuíssima que percorre a língua e as papilas gustativas com muita astúcia. Termina fresco e com uma retronasal bem vincada. 
Produtor: Raquel Camargo Mendes Pereira
Enólogo: António Narciso

Nota: 17,5

(...)"

In Carregal Digital

________________________________

Parabéns pela classificação obtida, seguramente, fruto do empenho dos responsáveis pelo tratamento das vinhas. 

2 comentários:

  1. Afinal o Sol de Oliveira do Conde também contribui para apuramento das castas vinícolas.

    Ouro da Terra, terá sido assim designado por muito boa gente...

    Carregal do Sal está num Paraíso... onde a rota Sal deu lugar à dos vinhos.
    Parabéns pelo excelente trabalho...

    ResponderEliminar

Os seus comentários enriquecem a nossa prestação. Seja bem vindo. Obrigado pela sua colaboração.