Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro
nem vestígios de ódio.
Água(quase tudo)
e cloreto de sódio.
Autor : António Gedeão
*****
Muito bonita esta poesia.
ResponderEliminarDivulgar a literatura Portuguesa é apostar no enriquecimento da cultura dos Leitores deste Blogue.
Parabéns!
Belissimo poema. Excelente escolha.
ResponderEliminarEu guardei...