Voltamos ao tema "LAGAR DE AZEITE", na sequência dos trabalhos expostos no "Museu Virtual", para difundir as imagens que colhemos nas Ruínas do Lagar de Azeite do Lapão, que foi propriedade do Saudoso Amigo Marcelino Martins.
- Como já dissemos ele terá emigrado para o Brasil, nos últimos anos do Século XIX e regressou primeiras décadas do Século XX.
Quando regressou comprou a propriedade do Lapão, da qual fazia parte o Lagar de Azeite, que terá sido construído no Século XIX. - Consta que ainda terá funcionado no seu tempo.
- Todavia, perante a evolução mecânica e tecnológica, ficou obsoleto e, consequentemente, poucos mais anos voltou a transformar a azeitona e a extrair o azeite.
- O equipamento e o método utilizados para extrair o azeite, ainda que, para determinado momento, tenham sido considerados evoluídos, poderão ser analisados mais ao pormenor, nas imagens que se seguem:
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- As perfurações que vemos serviam para retirar a água que ia ficando depositada no fundo da tina, por debaixo do azeite.
- Por isso vemos dois furos.
- Um deles vai para o interior e para o fundo da tarefa, por forma a escoar a água o mais por baixo melhor possível, porquanto menor era o perigo de o azeite sair misturado com essa água e ser derramado para os esgotos, sem ser aproveitado.
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- Na imagem que se segue vamos observar a boca da Tarefa.
- Por esta abertura o Lagareiro, homem que tinha a seu cargo vigiar e tratar do apuramento do azeite, conseguia ver o estado de purificação do precioso líquido.
- Quando o azeite já estava bem defenido, liberto das impurezas e da água russa, esse funcionário deixava que a água subisse na tarefa, para assim, como o azeite estava por cima da água, era fácil decantá-lo pelos sucalcos que vemos na parte superior da pedra.
Aqui vemos um orifício na parte inferior da tarefa.
É o esgoto por onde eram escoadas as águas russas.
Tomam a designação de águas russas por serem acinzentadas ou mesmo negras.
Essas águas são provenientes dos líquidos que a azeitona possui misturados com o azeite.
Depois, durante a transformação, era adicionada muita água quente, para facilitar a libertação das gorduras naturais da azeitona > o azeite.
Maravilhoso este lugar
ResponderEliminarA riqueza de património que Portugal tem , e que está a perder-se!
ResponderEliminarBem haja por nos mostrar a nossa História .
Realmente tenho imensa pena que estas coisas não sejam colocadas num espaço, no centro de Beijós, para serem vistas por quem nos visita.
ResponderEliminarGostei!
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