quarta-feira, setembro 30, 2009

BEIJÓS - VINHOS E VINDIMAS


O nosso Conterrâneo e Querido Amigo Zacarias Pais do Amaral participou neste evento.
Ele apresentou um maravilhoso texto, que ilustrou com uma fotografia colhida em Agosto de 2009, nas vinhas das famílias Santos Moura, no Terroal, em Beijós.
Gostámos imenso do seu trabalho!
Vejamos:
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" AS VINDIMAS NO TEMPO CERTO

Setembro, mês em que a canseira das colheitas maior azáfama traz aos agricultores. Época de colher os frutos do trabalho de mais um ano agrícola.O ponto alto das colheitas é sempre o das vindimas nas regiões vinhateiras.Uva, aquele fruto que o Sol fez brutar da cepa na Primavera, com o seu calor o fez florir e crescer durante o Verão, sempre sob a vigilância e dos cuidados do agricultor, que tem que tratar os míldios, os oídios e outras pragas de insectos, e que o Astro Rei agora doirou, convida à colheita para extracção da maravilhosa bebida que regularmente nos acompanha às refeições.Chegou a hora da sua colheita que impõe que exércitos, de tesoura em punho, se desloquem para as vinhas e, de carreira em carreira, recolham aqueles frutos maravilhosos.
Longe vão os tempos em que a mão humana manipulava tudo, desde o corte da uva, o transporte às costas ou à cabeça, para as tinas ou dornas levadas em carros de bois, para vazar nos lagares. Aí, quando o lagar estivesse cheio, um compasso de espera dois ou três dias para fermentar, grupos de homens saltavam para dentro, durante quatro horas, percorriam inúmeras vezes aquele enorme tanque, de canteiro (*) a canteiro, cantando e rindo com as anedotas que iam saindo de cada boca, para atenuar o cansaço, calcavam os cachos a pés. "Calcar o vinho". Agora, aproveitando as novas tecnologias, que vieram auxiliar o homem em muitas tarefas, ele deixa que as máquinas, depois de se colherem as uvas para as tinas, façam o resto sob a sua orientação e devido acompanhamento, esmagando as uvas e mergulhando o vinho com o engaço, durante alguns dias, para afinar a cor ruiva.
Daqui por algum tempo, depois de exigentes análises laboratoriais quase permanentes, vão franquear - nos a prova desse nectar delicioso produzido em cada época, que irá ser consumido através dos tempos, durante muitos anos, por todo o Mundo.É assim que, cada ano, depois das podas e do preparação dos vinhedos, se obtem o produto final que vem animar quem o produz e levar a alegria e satisfação a quem o consome.
A Terra o deu, o homem se regala.
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* «Canteiro» - Nome que, em certas regiões, se dá ao bordo em pedra dos lagares do vinho.
Beijós, Região Vinicola da Dão, 08 de Setembro de 2009
Por > Zacarias Pais do Amaral"
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2 comentários:

  1. Caro Willoughby:

    Foi com muito entusiasmo e satisfação que li todos este comentários a si dirigidos. De facto está de parabéns pelo facto de ter conseguido reunir e acompanhado os seus amigos aqui . É esse o espíritoda partilha, como fruto de encontros de várias pessoas, com saberes e experiências bastante interessantes.

    Não vou revelar aqui os resultados, mas quero felicitá-lo pela sua participação e presença, bem interessante na Aldeia da minha Vida. Fiquei muito feliz por saber que sempre vai este fim de semana até terras de Idanha. Espero que seja tão bem bem recebido, como nós fomos durante a feira raiana e que volte com muitas boas histórias para partilhar connosco!

    Abraço, Susana

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  2. Olá Susana,

    É sempre bom encontrá-la por estes caminhos.
    Como sabe, a visita e os comentários das pessoas amigas são sempre motivo de alegria, porquanto consluimos que o nosso trabalho vai sendo apreciado.
    Obrigado pela sua visita.
    Quanto ao fim de semana, estou muito motivado. Tenho fé de que irá ser um fim de semana maravilhoso, no meio das pessoas da Beira Baixa.
    Irei, seguramente, dar notícias de algumas localidades daquela Região.
    Queira aceitar também um abaço.

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