sábado, agosto 14, 2010

23 - O HOMEM E A EVOLUÇÃO DAS RECEPÇÕES NA SOCIEDADE

PODEMOS SEMPRE MELHORAR OS NOSSOS CONHECIMENTOS



« (Foto da Net)



Desde a noite dos tempos que a história das recepções se confunde com a história do homem.
Da caverna à tenda, e do igloo à casa, o homem sempre desejou convidar os seus semelhantes para partilharem as suas refeições, beber, dançar, cantar e fazer música.
Todas as culturas e todas as religiões encontraram a sua origem nessas reuniões em que as pessoas se agrupavam para partilhar alegrias, sofrimentos e esperanças.
Sempre houve regras a presidir a estes ágapes. Mas o requinte da civilização que originou a criação das finas porcelanas, dos cristais resplandescentes e das ricas baixelas de prata trouxe necessariamente uma evolução crescente à arte da mesa, segundo as épocas e os progressos dos tempos modernos.
Hoje, o nosso lar é ainda o lugar por excelência para recebermos a família e os amigos.
Desde o café tomado na intimidade ao grande jantar de gala, esde a recepção oficial ao serão menos formal, há certamente variantes, mas todos estes tipos de recepção têm isto em comum: - Para resultar bem, uma recepção tem de ser bem preparada.
Uma regra importante consiste em não fazer dela um encontro de negócios, mas simplesmente um acontecimento social.
Os convidados:
Oito industriais ou quatro advogados não poderão deixar de falar do seu trabalho.
Políticos de partidos opostos arriscam-se a transformar a recepção em local público de debate.
É preciso escolher os convidados por forma a que sejam de condição sensivelmente igual e que a sua amizade recíproca determine um bom ambiente.
Porque o ambiente não é uma coisa inesperada que saia de uma caixinha de surpresas.
É preciso criá-lo.
Para isso não há como fazer uma perfeita escolha dos convidados.
Contudo, pode acontecer que se queira honrar determinada pessoa ou que se deseje apresentar um casal ao nosso círculo de amigos.
Nesse caso, uma atmosfera de cordialidade deverá ser criada em redor dos convidados de honra.
O número de convidados depende, evidentemente, do espaço disponível e do género de recepção que se pretende dar.
Encher um pequeno apartamento com um grupo importante de convidados só pode criar a confusão e a falta de conforto para todos.
Torna-se assim necessário elaborar cuidadosamente os planos para um jantar ou uma recepção e encarar esse acontecimento com prazer, e não como um «frete».
Isso constitui também uma regra de sucesso.
É sempre preciso especificar as modalidades de uma recepção, quando fazemos os nossos convites.
Quer se trate de tomar um café depois da refeição, quer de uma refeição completa, íntima ou mais elaborada, os convidados devem saber com precisão o que lhes vai ser proporcionado.
Por vezes, as pessoas comem frequentemente a horas muito diferentes, não sendo mais agradável ter de roer amêndoas salgadas e beber uma cerveja, quando se pensava estar convidado para jantar, do que sentar-se diante de um jantar complicado, servido às nove horas da noite, depois de se ter saído da mesa.
O vestuário.
Também convém mencionar o tipo de vestuário, a fim de evitar surpresas desagradáveis a toda a gente.
O espaço
Não tem qualquer importância que a ementa seja requintadamente gastronómica, ou que a dona da casa sirva uma especialidade cozinhada à sua maneira, desde que a casa seja acolhedora, que haja acordo entre a recepção e o enquadramento em que ela se realiza e que os convidados estejam à vontade desde o começo até ao fim.
O grande luxo não é condição de sucesso.
Receba muitas vezes, sobretudo se isso lhe der prazer.
Não o faça ou faça-o raramente, se a recepção for um empreendimento que lhe põe os nervos em franja e lhe pesa como um «frete».
Há várias maneiras de receber, desde o café tomado na intimidade até ao grande jantar de gala, que nos nossos dias já só tem lugar por altura de acontecimentos públicos importantes ou oficiais.
Uma refeição de gala dificilmente poderá ser organizada numa casa particular, devido à falta de espaço, de pessoal competente e, sobretudo, de pratas, louças de vidro, para um grande número de pessoas.
Quem possui hoje em dia uma casa suficientemente ampla para acolher o número tradicional de trinta e quatro convidados à mesma mesa?
E que dizer do espaço necessário para armazenar todos os objectos de uso doméstico necessários para uma tal refeição?
E onde poderemos também encontrar o pessoal treinado para este tipo de recepção, quando é necessário, conforme a mais estrita etiqueta, um criado para cada três convidados?
As pessoas que têm obrigação de oferecer um grande jantar, devido ao seu nível social e à sua situação no mundo dos negócios, fazem-no hoje na sala de jantar de um grande hotel ou de um restaurante famoso.
Deste modo, o grande jantar de gala foi substituido, nas casas particulares, pela refeição de meia cerimónia.
Quando o número de convidados vai além de doze, serve-se, de um modo geral, um bufete quente ou frio, ou ainda misto.
É, no entanto, necessário aprender como se organiza e se desenrola um grande jantar de cerimónia, seja a título de informação, seja para saber como agir se a oportunidade surgir, ou se tiver de assistir na qualidade do convidado.
Mesmo porque o jantar de gala está na base de todos os outros géneros de refeição.
Eliminando alguns aspectos mais solenes, poderemos organizar qualquer jantar com convidados, tendo em conta o espaço necessário para os convivas e para as facilidades de serviço.

(By PAZ-MFT)

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