A República de Angola vai assumir a presidência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) em Janeiro de 2009, embora a passagem formal do testemunho tenha sido feita quarta-feira, em Oran, na Argélia.
A informação foi dada pelo ministro angolano dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, quando, no final da 151.ª conferência da Opep, falava sobre os aspectos analisados na reunião que durou oito horas.
“Isto deve-se as regras seguidas pela organização nesses casos”, disse o próximo presidente da organização por Angola, que terá o Equador na vice-presidência.
No quadro da sua política de redução gradual da produção para elevar o preço do petróleo, o governante informou que o cartel vai proceder a mais um corte, desta vez, de dois milhões e 200 barris/dia, a partir de 1 de Janeiro de 2009.
Referiu que os membros da Opep estão empenhados em atingir um ponto de equilíbrio em que o mercado possa reagir favoravelmente e chegar a um preço que satisfaça a todos.
Segundo afirmou, a organização tem vindo a reunir desde o mês de Setembro deste ano. Em Outubro os membros concordaram um corte na produção diária na ordem de 1, 5 barris/dia.
No total, disse, o cartel propõe-se em reduzir a sua produção para 4 milhões e 200 mil barris/dia.
Nesse processo, segundo o ministro dos Petróleos, Angola que já tinha um corte de 1 milhão e 900 mil barris por dia, vai reduzir ainda mais, na sua produção diária, 99 mil até final deste ano.
O governante realçou que, em função da nova realidade, Angola vai reduzir, na sua produção quotidiana, 145 mil barris, totalizando uma média diária de 244 mil barris.
Com base nesse quadro, disse que a nível do país vai ser feito um ajuste com a Sonangol (Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola) e companhias parceiras para estabelecer um plano de produção que corresponda aos compromissos assumidos com a organização.
As reservas petrolíferas de Angola estão estimadas em 12,5 mil milhões de barris. Em 2007, o sector petrolífero do país representou 90 por cento das exportações e metade do PIB (Produto Interno Bruto), sendo responsável por 80 por cento das suas receitas.
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