MARIALVA
"O Castelo de Marialva ergue-se num esporão, a 613 metros de altitude, sobranceiro ao extenso vale que constituiu o rebordo mais ocidental da Meseta Ibérica.
As origens do povoamento deste local são difíceis de precisar por falta de estudos arqueológicos."
D. Afonso Henriques, em 1179, ter-lhe-á concedido Carta de Foral.
O Castelo marca bem a sua História e o interesse estratégico na defesa da Soberania Portuguesa.
Realçamos a sua importância, principalmente nas Guerras da Restauração e Consolidação da Independência de Portugal.
»»» No Reinado de D. Afonso VI (1656 - 1683) > ainda na regência de sua mãe, a Rainha D. Luísa de Gusmão entre as várias batalhas em que os Portugueses sempre derrotaram os exércitos espanhóis, destacamos uma figura desta aldeia, de que nos fala a História, numa delas ter-se-á destacado um filho desta Aldeia, vejamos:- >>> "...Em 1665, dá-se a batalha de MONTES CLAROS, em que os portugueses, comandados pelo Marquês de Marialva e Schomberg, desbarataram completamente o exército espanhol. Esta foi a última e decisiva vitória das armas nacionais. Estava, podia dizer-se, assegurada a Restauração de Portugal." (...)
Realmente, apesar de aldeia pequena, merece a nossa visita. As pedras do Castelo descrevem muito da sua história.
Os seus santuários ostentam ricas pinturas e as suas talhas douradas, nos respectivos altares, a par das suas singulares imagens, deslumbram os visitantes.
No Santuário da direita nós vimos um púlpito no exterior. No dia 01 de Agosto de 2008, é-nos feito o relato dos factos que motivaram a criação daquele púlpito. "Com uma capela minúscula, sem espaço para abrigar todos os fiéis, foi desta forma que a Igreja conseguiu ultrapassar as dificuldades, fazendo as pregações para o exterior, onde as populações se reuniam".
Além dos templos, no interior das muralhas existe um Cemitério, que ainda é utilizado.
Nesta fotografia vimos uma espécie de altar. Durante as Cerimónias Religiosas da Quaresma, era colocado ali um Quadro alusivo à Morte e Ressurreição de Jesus.
Nestas ruinas é notória a destruição das casas que houveram dentro das muralhas.
Os responsáveis pela Aldeia terão tomado a seu cuidado a defesa do património e evitaram que as populações pilhassem totalmente as pedras das velhas edificações, para construir novas casas fora do castelo. (1)
O Nosso repórter fotográfico deixou-se apanhar... quando se propunha analisar todo o ambiente que o rodeava.
Nesta fotografia vemos uma cisterna, devidamente coberta, que servia de reservatório de águas pluviais, bem escasso naquela agreste serrania.
Na ombreira esquerda da porta que vemos nesta fotografia, constam três sucalcos emitando o metro, que outrora tiveram grande utilidade nas medições de bens que as populações teriam que entregar, como décima aos responsáveis pela aldeia.
Aqui vemos túmulos cravados nas rochas...
Capela da Aldeia, na parte exterior do Castelo.
Plourinho, no exterior das muralhas, mesmo em frente ao gabinete de recepção e apoio ao turismo.
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(Fotos de Maria Regina)
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(1) - A pilhagem das pedras parece não ter sido aqui caso único.
Recordamos o desaparecimento das Pedras do Castelo de Beijós.
Não houve ninguém que se opusesse, por isso desapareceram completamente e com elas todos os vestígios da fortificação que terá existido na nossa Aldeia.
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