Sobre o fogo na lareira,
Que tremelica, fusa e crepita,
Pançuda e negra, grosseira,
Com três pernas se arrebita,
Como num trono, a panela
Onde ferve em borbulheira
Iguaria inigualável a que chamamos sopita.
Oh, suculenta sopa de couves!
Quando em pé se sustenta a colher,
Oh, e pela sala se espalham,
Todos os finos odores
E, na sopeira se espraia um arco íris de cores.
Eclode o olhar e cresce a água na boca.
A alma extasiada vai ao céu,
E num ai, logo desaparece o pitéu,
Princesa que cura a gastrite,
Manjar de deuses se os houve...
Prova, e verás!...
Come-se mesmo sem apetite.
Nunca mais te esquecerás!
Da suculenta sopa de couve.
( By Rui Figueiredo > in Festa da Sopa 2008 - Viseu )
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