quarta-feira, abril 13, 2011

BEIJÓS PRECISA DE RENASCER

É PRECISO RENASCER

É preciso renascer
É preciso renascer
Deixai ódios, violências
É preciso renascer

Convertei-vos e acreditai
Eis a nova que venho dar-vos:
Amai todos sem distinção
Porque todos somos irmãos
Aceitai, aceitai, aceitai
O Reino de Deus.
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NÃO SE FOGE DAS VISTAS DE DEUS
"Que os revoltados e os maus fujam e se escapem!
Vós vêde-los e distingueis as suas sombras.
Convivem com todos os seres belos e eles são feios!
Que prejuízo Vos causaram?
Em que ponto desonram o vosso império que permanece íntegro e justo, desde os céus ao profundo dos abismos?
Para onde fugiram, quando fugiam do vosso rosto?
Ou em que lugar os não encontrais?
Fugiram para Vos não verem, a Vós que os estais vendo!
Mas, obcecados, deparam convosco, porque não abandonais nada do que criastes.
Injustamente Vos ofenderam e justamente são castigados.
Subtraindo-se à vossa benignidade, encontraram a vossa justiça e caíram sob a vossa severidade!
Naturalmente, ignoram que Vós estais em toda a parte, sem que nenhum lugar Vos circunscreva, e que estais na presença dos que vagueiam longe de Vós! Que se convertem e Vos procurem, porque Vós não abandonais a vossa criatura como eles abandonaram o seu Criador.
Convertam-se e procurem-Vos, já que estais no seu coração, no coração dos que Vos confessam, dos que se lançam em Vós e choram no vosso seio, depois de percorrerem os caminhos da perdição.
Carinhosamente lhes enxugais as lágrimas e tanto mais gozam com os prantos quanto mais choram, porque não é o homem, nem é a carne e o sangue, mas sois Vós, seu Criador, que os robusteceis e consolais.
Onde estava quando Vos procurava?
Vós estáveis diante de mim; eu, porém, apartava-me de mim, e se nem sequer me encontrava a mim mesmo, muito menos a Vós!"
In Confissões de Sto Agostinho - p 90.
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QUEM ACULTURAVA OS BEIJOSENSES
Estamos no período Quaresmal e entendemos que não haverá melhor oportunidade para falar das coisas boas que temos em Beijós.
Pegámos nos Versos que antecedem, e no texto extraído das Confissões de Santo Agostinho, trouxemo-los aqui, porque de alguma forma nos inspiram.
Temos consciência de que a sociedade está em constante mutação.
Contudo, ficamos tristes quando vimos que alguns valores vão decaindo.
Enquanto outras comunidades tendem em preservar o seu património cultural e religioso, na nossa Terra vamos assistindo à sua degradação, por desinteresse de muitos Beijosenses.
A história de Beijós não é diferente da de qualquer Aldeia. Ela tem que ser construída a todo o momento, ao longo de décadas ou até de séculos.
Outrora, quem instruía o nosso Povo?
O Professor, na escola, ontem como hoje, cumpria a sua tarefa, ensinando a ler e a escrever e, aproveitando para corrigir condutas desviantes na população escolar, ia instruindo os seus alunos, procurando construir entre eles uma sã convivência naquela sociedade em crescimento e em contínuo aperfeiçoamento.
Temos consciência de que muitos pais não conseguiram aprender a ler nem a escrever, porque a isso não eram obrigados e, depois, já adultos, a luta da vida lhes desviou as ideias para as ocupações no trabalho real de onde obtinham o sustento da família que, entretanto, constituiram e privou-os de um bem essencial. Por isso, iletrados, o que sabiam ou aprendiam provinha de algumas conversas em sociedade.
Geralmente, a educação dos filhos era confiada quase em pleno ao professor.
O Padre, a quem o nosso Povo sempre dispensou muito carinho e respeito, quer na Igreja, quer nas escolas ou nas ruas, complementava com as normas de convivência moral e religiosa. 
A via do respeito pela justiça divina ia ao encontro da sã convivência em sociedade e das regras da justiça humana.
Muitas foram as pessoas que, dizendo sim ao apelo da religião, ao longo dos tempos, sacrificaram as suas vidas privadas e dedicaram-se de alma e coração à educação das crianças de Beijós.
A melhor recompensa que obtiveram desse seu esforço foi a de verem os seus instruendos encaminhados numa vida social normal.
Poderíamos enumerar algumas dezenas dessas pessoas.
Fomos ao seu encontro e sentimos nelas a alegria que ainda guardam desses tempos em que se dedicaram às nossas crianças. Não esconderam a satisfação quando nos revelaram "que ensinaram, mas que aprenderam muito mais do que aquilo que ensinaram".
Maravilhoso!
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QUE FUTURO ESTAMOS A CONSTRUIR?
Agora vemos que muitos Beijosenses, dizendo-se laicos, têm-se afastado da Igreja e de tudo o que é religioso.
Os nossos avós legaram-nos património que, assim,  vamos deixar perder.
Nas cerimónias religiosas raramente se vêem crianças e jovens.
Procurámos saber o que se está a passar e concluímos que há algum desleixo por parte dos pais.
Os progenitores não estão nestas cerimónias, mas também se não preocupam com a educação religiosa dos filhos, a quem ouvimos dizer "- a missa é uma grande seca".
Mas é estranho.
Os jovens não estão nestas cerimónias, mas estão no café!
Não frequentando minimamente a Igreja, desconhecem como devem ali comportar-se.
Se em vez da Igreja frequentam o Café, aquando de uma festa religiosa,  um baptizado ou de casamento de algum familiar, em que tenham que estar presentes, irão adoptar a postura que têm quando estão no café, perturbando com vozearia o sossego de quem estiver ao seu lado.
Dá a ideia que alguns Beijosenses estão a fugir da vista de Deus. Mas isso é impossível.
Ao menos poderiam encaminhar os filhos, para que eles possam aprender outros caminhos mais condignos. - Deixai que eles sejam diferentes de nós e que sejam eles a preservar o património cultural e religioso que os nossos avós nos legaram.
Se os pais fogem da vista de Deus, deixai que os filhos renasçam.
Desejamos a todos os Beijosenses uma Santa Páscoa.

1 comentário:

  1. Sabemos que nestas coisas da cultura terá que haver grande força de vontade.
    Tem que se abdicar de muitas coisas que também poderiam ser boas, mas não tanto quanto isto.
    Não se aprende grande coisa nos cafés, com a cervejas... rsrsrs
    Quem tem alergia a certos ambientes opta ou pelo café... ou pela religião!
    Por isso, sou católico... com muito orgulho!

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