sábado, abril 14, 2007

4 – ACULTURAÇÃO – O aperto de mão.

O aperto de mão é um gesto de estima. É uma forma de saudação que vem, sob diferentes formas, desde a mais remota antiguidade.

O aperto de mão nunca deverá dar a impressão de ser um gesto feito sem vontade. Também não é necessário retribuir apertos de mão a toda a gente, quando há vários convidados numa festa.

Por vezes, os jovens têm a impressão de que deverão ser os primeiros a fazer este gesto.

Vejamos o que é preciso conhecer para praticar este gesto de cortesia.

O aperto de mão revela a personalidade do indivíduo, da mesma maneira que o andar. Tímido, frio, caloroso. É muito difícil corrigir um aperto de mão frouxo, mas podemos tentar aperfeiçoá-lo.

Os apertos de mão desagradáveis são facilmente identificáveis. Há o que nos esmaga os ossos como um triturador. E o mole como um peixe morto que nos toca a mão. E também aquele, muito afectado, que nos aperta a ponta dos dedos como se temesse uma descarga eléctrica. E ainda aquele, terrivelmente embaraçoso, que nos sacode o braço como se fosse uma bomba de água. E o que se agarra aos nossos dedos como um polvo e parece não nos querer largar mais. Finalmente, há aquele que nos segura a mão por um instante... e termina com uma ligeira pressão íntima, como se se tratasse de uma conspiração.

Não... Um aperto de mão é um aperto de mão! Não é uma ocasião de olhar para dentro ou de fazer ginástica.

O verdadeiro aperto de mão é firme e breve, sem exageros. Dá-se um aperto de mão erguendo o antebraço à altura do cotovelo .

Vejamos agora algumas regras que devem ser observadas. Um homem não oferece a sua mão a uma mulher. É ela que deve fazer o primeiro gesto. (Uma excepção: um patrão oferecerá a mão a uma empregada, se o quiser fazer.)

Estende-se e aperta-se a mão direita, de um modo geral. No entanto, é de lembrar que os escuteiros de todo o mundo apertam a mão esquerda.

Acontece o mesmo em algumas organizações. Nessas circunstâncias, far-se-á da mesma forma.

Uma mulher ficará sentada para estender a mão, a menos que os recém chegados sejam bastante idosos. Uma adolescente levantar-se-á sempre para apertar a mão que os adultos lhe estendem.

Quando os pais recebem, os jovens vêm, por vezes, cumprimentar os convidados. Um “bom dia” ou um “boa tarde” acompanhados de um sorriso é geralmente a forma mais corrente de saudação.

Também se sabe que há homens que, por vezes, levam a cortesia ao ponto de avançarem o rosto para darem um beijo, sobretudo se se trata de uma jovem bonita! Mas isso não tem uma gravidade por aí além... Ela oferecerá a face. Se ele insistir, ela estenderá a outra e afastar-se-á suavemente. São muitas vezes os “velhos tios” que têm, neste aspecto, um fraco pelas suas sobrinhas crescidas. Com um pouco de descontracção e um gracejo bem disposto – “sempre dom-joão, tio Pedro” – podemos ultrapassar a situação sem cometer uma indelicadeza.

Entre camaradas, os rapazes apertam por vezes a mão, quando já não se vêem há algum tempo. Mas as raparigas fazem-no muito raramente.

Quando dois casais se encontram, são as mulheres que primeiro apertam a mão uma à outra, depois apertam-na ao marido da amiga, sendo os dois homens os últimos a fazê-lo entre si. Mas, para se evitarem os cruzamentos, as mulheres poderão saudar-se com um sorriso e apertar a mão aos homens. Em resumo, este gesto de estima é facultativo e deverá ser praticado com à-vontade. Mais vale não o fazer, quando se receia ser-se desastrado, e ficar por um belo sorriso acompanhado de uma palavra amável. Mas a recusa de apertar uma mão estendida e, repetimo-lo, um insulto para pessoas bem educadas.

Por MFJ/Willoughby

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